Crenças populares
Na Pérsia antiga
havia a crença de que quando se maltratava um gato preto, corria-se o
risco de estar maltratando um espírito amigo, criado especialmente para
fazer companhia ao homem durante sua passagem na Terra. Desse modo, ao prejudicar um gato preto, o homem estaria atingindo a si mesmo.
Gatos pretos são associados aos mais diversos tipos de sortilégios. Na imagem, a raça mais comum de gatos pretos.
A relação com as Trevas começou no século XI ( 1001 – 1100), por
causa de relatos insistentes de aparições de gatos pretos malignos em
locais povoados por Bruxas.
Dai começou a surgir a superstição de que os gatos de cor preta davam
azar. Acreditava-se que os felinos, devido a seus hábitos noturnos,
tinham relações com seres do mau e, se o gato era da cor preta, era
considerado diabólico, uma vez que essa cor era associada às trevas e à
magia negra. Assim, na cultura medieval, os gatos pretos tornaram-se
intrínsecos à mítica figura das feiticeiras.
No século XV, o papa Inocêncio VIII chegou a incluir os gatos pretos na lista de seres hereges perseguidos pela Inquisição.
Assim, esses gatos foram injustamente acusados de estarem associados a
maus espíritos e foram, por isso, queimados juntamente com as pessoas
acusadas de Bruxaria. A perseguição à esses animais atingiu seu auge no
século XVI, logo no final da Idade Média, na Inglaterra, quando
misteriosamente registrou-se um súbito aumento da população felina nas
ruas das cidades, fato que foi atribuido à ação de feiticeiras.
Até hoje ainda existe a idéia de que toda bruxa possui um gato preto
de estimação, sendo esse animal associado aos mais diversos tipos de
sortilégios. É muito comum ouvir histórias de sorte e azar associadas
aos animais dessa cor.
Os gatos pretos foram muito referenciados na cultura popular, sendo
frequentemente citado em textos e filmes de suspense e terror.